11 março 2017

ATITUDES QUE DESAGRADAM AO SENHOR (2 Crônicas 16.1-14)

1. Asa foi um Rei que reinou 41 anos sobre Judá. Depois da cisão, foi o terceiro Rei. Pela ordem reinaram Roboão, Abias e Asa.

2. No início de seu reinado, Asa efetuou mudanças importantes na nação:
a. Aboliu a prostituição religiosa, 2 Crônicas 14.2-4, "Asa fez o que era bom e reto perante o Senhor seu Deus. Porque aboliu os altares dos deuses estranhos, e o culto nos altos, quebrou as colunas e cortou os postes-ídolos. Ordenou a Judá que buscasse ao Senhor Deus de seus pais, e que observasse a lei e o mandamento".

b. Depôs corajosamente a Rainha Mãe, Maaca, destruindo ao mesmo tempo a sua imagem, 1 Reiss 15.13, "...e até a Maaca, sua mãe, depôs da dignidade de rainha- mãe, porquanto ela havia feito ao poste-ídolo uma abominável imagem; pois Asa destruiu essa imagem, e a queimou no vale de Cedrom". Esta Rainha Mãe, Maaca, era filha de Absalão e estava em lugar de avó de Asa. Ela havia construído este terrível "poste-ídolo", de si mesma em razão de sua influência no meio do povo.

3. Contudo já do meio de seu reinado para a frente, Asa entrou em decadência e desagradou ao Senhor. Vejamos quais foram as atitudes que o levaram a desagradar ao Senhor, e que podem também fazer com que nós também o desagrademos: "ATITUDES QUE DESAGRADAM AO SENHOR":

I - ALIANÇA COM INCRÉDULOS VS. 1-6
1. Baasa. Rei do Norte (Israel), atacou Judá, Reino do Sul, fortificando a Ramá, uma cidade da fronteira entre os dois Reinos. Esta fortificação de Ramá, tinha o objetivo de impedir que o povo transitasse livremente entre os dois Reinos, Vs. 1. É provável que esta ação de Baasa, de barrar o trânsito na fronteira, objetivasse impedir que o povo se ajuntasse ao redor do Templo, que ficava em Jerusalém, no Reino do Sul (Judá), chegando assim a apoiar a família de Davi. O que é digno de nota aqui é que, embora o reinado de Asa tenha durado 41 anos, só houve guerra nos últimos 5 anos de seu reinado, 2 Crônicas 15.19.

2. Quando Asa viu isto, assustou-se e cometeu uma falta muito grave. Foi buscar socorro em outro inimigo, o Rei da Síria, Ben Hadade, fazendo uma aliança com ele, Vs. 2-3. Um dos termos desta aliança, era que Ben Hadade, deveria anular sua aliança anterior, que ele tinha com o Reino do Norte e consequentemente com Baasa, seu Rei, Vs. 3. Ben Hadade concordou quebrando a aliança com Baasa, através da guerra, Vs. 4-6.

3. Aparentemente estava tudo bem. Contudo, Asa aliou-se a um incrédulo, outro inimigo, o que lhe trouxe sérias conseqüências. Ben Hadade não era amigo de ninguém e a sua proteção só valia porque Damasco capital da Assíria ficava longe de Judá, e Ben Hadade não tinha interesses em expandir seu reino à grande distância, e ainda, porque gostou dos presentes enviados por Asa. A Palavra de Deus nos mostra o perigo de fazermos aliança com incrédulos:

a. 2 Corintios 6.14-18. 
- Um exemplo de como Deus não permite que façamos aliança com incrédulos, está no casamento misto:

1. Gênesis 24.1-4

2. Esdras 9.10-12

b. Não dá para convivermos com os incrédulos, Provérbios 4.14-18

4. A aliança com os incrédulos desagrada a Deus.

II - DESRESPEITO À PALAVRA PROFÉTICA VS. 7-10
1. Em razão da aliança de Asa com Ben Hadade, Deus enviou o profeta Hanani, para mostrar-lhe o seu desagrado com a atitude do Rei. Este profeta era pai do profeta Jeú, que repreendeu o rei Baasa, rei de Israel, em razão de sua idolatria, profetizando o extermínio de sua família, 1 Reis 16.1-4. A repreensão do profeta visava alertar o Rei pelo seu desprezo à confiança no Senhor, preferindo antes, confiar num ímpio. Poderia aquele ímpio protegê-lo?, Vs. 7.

2. Hanani disse a Asa que ele poderia ter destruído, se tivesse confiado no Senhor, não somente o Rei do Norte, Baasa, mas também o próprio Ben Hadade com todo o seu exército, Vs. 7. O profeta fez alusão à guerra contra os etíopes e líbios, na qual Asa saiu vitorioso, pela ação de Deus, Vs. 8; 2 Crônicas 14.9-15

3. Outra palavra de Hanani a Asa foi que ele procedeu loucamente e perdeu a benção de sair vitorioso contra todos os seus inimigos, Vs. 9. O profeta informa ao rei que "Deus se mostra forte para com aquele, cujo coração é totalmente dele", o que retrata o fato de Deus cuidar e vir em socorro daqueles que nele confiam. Esta falta de entrega do rei ao Senhor, traria a guerra contra a nação.

4. Para piorar ainda mais sua situação, Asa se revoltou contra o profeta de Deus e lançou na prisão, oprimindo também outros possíveis aliados do profeta, Vs. 10.

5. Muitas vezes, como crentes erramos e Deus usa um irmão para nos repreender, exortar e quase sempre a repreensão é mal recebida, Exemplos:

a. Amós 7.10-17

b. Jeremias 26.1-13

6. Receba a palavra profética, daquele que é usado por Deus a nosso favor.

III - NÃO RECORRER A DEUS NA HORA DA PROVA VS. 11-14
1. A prova de Asa, foi uma doença grave nos pés, Vs. 12. Quando ficou doente, ele não buscou a Deus e sim o auxílio de médicos. Estes médicos, talvez fosse os egípcios, que usavam encantamentos, artes mágicas e feitiçarias. É a primeira vez que são mencionados entre os Israelitas. Poderiam ser também "médicos", babilônicos que da mesma forma tratavam as doenças utilizando estes mesmos recursos.

2. Podemos ver a que situação chega alguém que não busca o socorro do Senhor na angústia. O desespero, leva a pessoa a confiar em feiticeiros, médicos mundanos, ao invés de confiar no Deus Todo Poderoso,

a. Salmo 121.1-2, "Elevo os meus olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra".

b. Hebreus 4.16, "Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna".

3. A busca errada produz catástrofes, Vs. 13. O texto diz que ele morreu. Assim pode ocorrer com o crente, cuja fonte de busca não é o Senhor, Salmo 103.3, "É Ele que perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades".

4. Devemos buscar o socorro na fonte certa.

CONCLUSÃO:
1. Deus não se agrada de nós quando tomamos certas atitudes:
a. Fazer aliança com incrédulos;
b. Desprezar a palavra profética;
c. Não recorrer ao Senhor em tempos de prova.
2. Vamos dar ouvidos à Palavra do Senhor e obedecê-la.

PrJoséCorreia

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