30 março 2019

A PROMESSA DE UM LAR FELIZ (Deuteronomio 11.18-21; Efésios 6.1-4)

- A palavra “lar”, de acordo com o dicionário, em sua raiz, remete a Laris, o deus mitológico responsável pela proteção domiciliar.
- Desse vocábulo deriva-se, também, o termo “lareira”, apontando para o fogo une e aquece a família.
- Dentro de uma perspectiva cristã, veremos, o estudo desta semana, qual o modelo bíblico para a constituição do lar, os requisitos necessários para a obtenção de um lar feliz, e, por último, as bênçãos decorrentes da felicidade familiar. 

1. A CONSTITUIÇÃO BÍBLICA DO LAR:
- O lar é uma constituição divina e, desde o princípio, é monogâmico (Marcos 10.6-9), homem e mulher (Gênesis 5.2; Mateus 19.4).
- É tão importante que boa parte do decálogo está a ele relacionado (Exodo 20.14,17), bem como dos preceitos levíticos (Levitico 18.6-18; 20.14-21; 21.7-15).
- A poligamia, defendida em algumas culturas, se trata de uma invenção humana (Gênesis 4.19). 
- O ensinamento às crianças no caminho no temor ao Senhor também é um dos princípios basilares da constituição do lar (Provérbios 22.6).
- A autoridade do homem, como cabeça do lar, sempre foi uma norma na sociedade patriarcal (Gênesis 3.16) e retomada por Paulo em suas epístolas (I Corintios 11.3-10).
- Jesus, em seus ensinamentos, apelou para os fundamentos originais da criação como diretriz para o lar (Mateus 5.27-32; 18.19,20).
- Os apóstolos nos apresentam algumas recomendações para a consolidação do lar cristão (I Corintios 7.1-28; 11.3; II Corintios 6.14; Efésios 5.22; Colossenses 3.18; I Timóteo 5.8; I Pedro 3.1-7). 

2. CONSELHOS PRÁTICOS PARA A CONSOLIDAÇÃO DE UM LAR FELIZ:
- Existem muitos ministérios que atuam diretamente com casamentos na igreja.
- Esses trabalhos são necessários a fim de que as congregações aprendam a valorizar o lar cristão.
- Os cursos para casais podem dirimir muitos dos possíveis problemas com os quais a igreja poderá vir a lidar no futuro.
- Para tanto, é preciso que pessoas realmente idôneas estejam envolvidas em tais projetos, mas, acima de qualquer coisa, faz-se necessário que estejam cientes das diferenças nos relacionamentos conjugais.
- Isso porque nem todos os casamentos são iguais, por isso, nem todas as instruções podem ser generalizadas.
- É um equívoco pensar que todos os lares serão felizes se os cônjuges agirem seguindo um modelo estabelecido por um casal, cuja realidade social, econômica e educacional é completamente distinta de um outro.
- Ademais, na cultura atual, motivada pelo sexo, muitos conselheiros conjugais também são tentados a pôr ênfase demasiada nesse particular.
- É inegável que o sexo é um componente importante do casamento, mas este não se reduz a ele.
- Há outros aspectos de igual ou superior importância, entre eles, a amizade, o companheirismo e o respeito mútuo.
- Na verdade, é a sujeição em amor, e não o sexo, o princípio fundamental para um casamento feliz.
- Ainda que pareça paradoxal, o amor envolve sofrimento, e, felicidade, aqui, envolve, também, sacrifício (Efésios 5.2; 22-33). 

3. REFLEXÕES SOBRE A FELICIDADE NO LAR:
- Um lar feliz é um lar onde o amor tem sempre um papel fundamental.
- É um ambiente no qual as pessoas não têm vergonha de pedir perdão, pois todos agem com graça, ninguém se acha melhor do que o outro.
- A expressão “eu te amo” é repetida naturalmente, seja por palavras ou por gestos tais como um abraço, um sorriso trocado ou gargalhadas em momentos embaraçosos.
- Significa aceitar o outro como ele ou ela é, olhando nos olhos, sem cobranças, sem a tentação de querer que o outro seja coisificado e objeto de nossas vontades.
- É abraçar para celebrar os momentos mais significativos da vida, seja o nascimento de um filhos, a comemoração de mais um ano de vida, a conclusão de mais uma etapa da vida.
- Um lar feliz, contudo, não se reduz apenas às situações de alegria, abrange também o cuidado de estar ao lado nos momentos de dores, de amenizar o sofrimento com um abraço, de orar ao lado na expectativa de dias melhores, de aceitar a vontade soberana de Deus quando um dos entes parte inesperadamente.
- É aprender a valorizar os momentos mais simples da existência.
- Recorrendo ao sentido etimológico da palavra “lar”, é aprender a ficar juntos e firmes, confiando no Senhor em todas as circunstâncias da vida.
- É acompanhar o filho na caminhada diário da vida, instruindo-o no temor ao Senhor.
- É tomar atitudes aparentemente desimportantes, como abaixar o som da tv para ouvir a voz suave da pessoa que fala.
- É investir tempo para, quem sabe, comer pipoca juntos, tomar um sorvete ou partilhar uma comida gostosa.
- Essas são apenas algumas possibilidades que, definitivamente, não exaurem as muitas possibilidades para que se tenha um lar feliz. 

CONCLUSÃO:
- Vivemos fazendo cursos na tentativa de encontrar as vinte e cinco chaves para a verdadeira felicidade do lar.
- Essa, no entanto, é resultado de um investimento conjunto de todos aqueles que integram a família.
- Não existe um segredo e uma resposta fácil para encontrá-la, nem mesmo uma garantia de que os conselhos que se costuma dar surtirão o devido efeito.
- Mesmo assim, todo o esforço que empreendermos, para a felicidade do lar, valerá a pena, se forem regados em amor.
- Só assim, debaixo da soberana vontade de Deus, podermos celebrar, com o salmista, a beleza singular de um lar que, acima de qualquer outra coisa, aprendeu a submeter-se ao Senhor (Salmos 128) 
- PENSE NISSO!

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