02 janeiro 2010

TRES CRUZES (Lucas 23:32,33)

A – Três cruzes foram levantadas no Calvário naquele dia chamado pela cristandade de Sexta-Feira Santa. Essas três cruzes nos devem ensinar lições preciosas para a nossa vida diária. São três cruzes com três histórias e decisões diferentes.

1 – A cruz feita para Jesus estava bem no centro. Jesus estava ladeado por dois criminosos: um a sua esquerda e o outro a sua direita.
2 – Jesus permaneceu em agonia seis horas, expirando às três horas da tarde. (hora nona).
3 – Assim, nos relata Lucas em seu evangelho: “E também eram levados outros dois que eram malfeitores, para serem executados com Ele. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali O crucificaram, bem como aos malfeitores um à direita, outro à esquerda”.( Lucas 23:32,33)
a) Senhores, que lições podemos tirar destas três cruzes? Vejamos:

I – A CRUZ DA INCREDULIDADE.
A – Consideraremos em primeiro lugar as lições que nos dá o malfeitor que blasfemava de Jesus.
1 – Diz o evangelista que, enquanto o povo zombava de Jesus, esse malfeitor começou também a blasfemar. Dizia: “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós. (v. 39).

B – Desse delinquente não sabemos nada, a não ser que era um revolucionário.
1 – Como no caso do seu companheiro, estava ele pagando pelos seus crimes.
a) Talvez tivesse assaltado alguma aldeia ou desfiladeiros da Galileia.
2 – Mesmo sem saber muita coisa a seu respeito, conhecemos os rastos do seu caráter, através dos incidentes da crucifixão:
a) Era um ladrão duro, insensível e sem fé.
b) Nem a hora da morte o comoveu.
c) Teve, junto de si, a salvação; no entanto, morreu como malfeitor que era.

C – Não podemos ir procrastinando indefinidamente a salvação.
1 – Chega o momento em que o homem se endurece tanto, que é quase impossível pensar racionalmente para obter o que necessita.
a) Em primeiro lugar, porque à medida que se avança na vida, a mente se torna mais rígida; as opiniões afirmam-se; o hábitos, as paixões, os vícios arraigam-se .
(1) O ladrão incrédulo talvez cresse por muito tempo que Jesus era um impostor, e nem a cruz o fez mudar de opinião.
(2) Era um ladrão impenitente. Como viveu assim morreu.
b) Em segundo lugar, porque os efeitos gravam-se na alma. Toda a sua vida amou as coisas materiais: “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós”.
(1) Isto é, ainda que suponhamos que fosse sincero, desejou tanto que Jesus vivesse como ele viveu.
(2) Nada de arrependimento... Viver e gozar a vida era tudo que buscava.
c) Em terceiro lugar há uma impossibilidade de despertar a consciência.
(1) Em vão o seu colega lhe diz: “Nem tu ainda temes a Deus, estando na mesma condenação?”.
(2) A sua alma está endurecida. Não distingue o bem do mal; o certo do errado.

D – O ladrão incrédulo conta a história de alguém que MORREU NOS SEUS PECADOS.

II – A CRUZ DA SALVAÇÃO.
A – Ainda que a salvação seja improvável no último momento da vida, não é impossível.
1 – É o que nos ensina a atitude do segundo malfeitor, a quem a tradição deu o nome de Dimas.

B – Esse ladrão fez quatro coisas notáveis, com as quais refletiu ao mesmo tempo o seu caráter.
1 – Primeiro: Tinha temor a Deus. Repreendeu o outro malfeitor, quando este blasfemava de Jesus.
a) Veja a sua repreensão: “Respondeu-lhe, porém o outro, repreendeu-o dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença?” (v.40).
2 – Segundo: Reconhece-se como malfeitor e que merece a pena que padece. Seu reconhecimento: – “Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez.” (v. 41).
3 – Terceiro: Mostra que devia ter ouvido algo a respeito de Jesus, e O defende: “Este nenhum mal fez”.
4 – Quarto: Solicita a Jesus que o admita em seu reino, implicando o seu arrependimento. Sua solicitação: – “E acrescentou: Jesus lembra-Te de mim quando vieres no teu reino.” (v. 42)

C – A salvação do ladrão arrependido foi garantida por Jesus, através de suas palavras: “E Jesus lhe responde: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (v. 43).
1 – Jesus não podia deixar de ouvir um pedido tão sincero, de um pecador arrependido, em um momento tão solene.
2 – O ladrão arrependido já tem um lugar certo no reino vindouro, quando os remidos terão o privilégio de viver no lar dos salvos com Jesus. Este fato terá o seu início por ocasião da Sua volta em glória e majestade para buscar os salvos pelo Seu sangue derramado na cruz.

D – A experiência desse ladrão nos conta a história do HOMEM QUE MORREU PARA O SEU PECADO.
1 – Se ele tivesse a oportunidade de continuar vivendo, nunca mais seria o mesmo homem.
2 – Esse ladrão estava pendurado na cruz ao lado direito de Jesus.

E – Deus é de direita. Você alguma vez já parou para pensar que as coisas de Deus acontecem pela direita e nunca pela esquerda? Eis alguns exemplos:
1 – O Urim e Tumim – Êxodo 28:29,30; Levíticos 8:8; Números 27:21.
a) Quando se traziam perante o Senhor questões para serem decididas, uma auréola de luz que rodeava a pedra preciosa à direita (Urim) era sinal de consentimento e aprovação de Deus, ao passo que a nuvem que ensombrava a pedra à esquerda (Tumim) era prova de negação ou reprovação.
2 – Os anjos dando boas-novas – Lucas 1:11
a) O anjo trazendo as boas-novas do nascimento de João Batista estava no templo à direita do altar.
3 – Os Bodes e as Ovelhas. Mateus 25:31-34
a) No dia do juízo de Deus só haverá duas classes de pessoas: os da direita e os da esquerda. Os bodes e as ovelhas. Os bodes representam os que estão perdidos, que ficarão à esquerda. As ovelhas na parábola representam os salvos, e estarão à direita de Cristo.
4 – A Pesca Maravilhosa. João 21:4-6.
a) Com a morte de Jesus Cristo, os discípulos, desalentados e com fome, saíram para pescar. Passaram a noite jogando a rede pelo lado esquerdo e não pegaram nada. Jesus apareceu e pediu que lançassem a rede pelo lado direito do barco. Pegaram 153 grandes peixes.
5 – Jesus está assentado ao lado direito de Deus. Romanos 8:34; I Pedro 3:22
6 – Jesus aplicou o poder direitista a si mesmo. Mateus 22:44.
7 – O texto diz que o ladrão do lado direito se salvou; o do lado esquerdo se perdeu.

III – A CRUZ DO SALVADOR.
A – Ao lado de Jesus morre um malfeitor que nos deixa a mensagem da incredulidade e suas conseqüências terríveis.

B – Do outro lado, morreu um outro transgressor que nos deixa a mensagem do arrependimento e suas possibilidades benditas.
1 – No centro morre como se fosse um malfeitor também, o mesmo Jesus, o Filho de Deus, deixando-nos a mensagem de amor, com suas fecundidades redentoras.
2 – Justamente Jesus é deixado no centro porque Ele nos dá a mensagem mais importante e sublime: A MENSAGEM DO AMOR.

C – A morte de Jesus foi por amor aos homens.
1 – Mas a Sua grandeza estava em que não só amou, mas morreu amando.
2 – De nada valeria o Seu amor na vida, se tivesse odiado na morte.
3 – Esse amor inefável começou ali mesmo na cruz a dar seus frutos.
a) Um ladrão é salvo. Um centurião é comovido.
4 – O justo padeceu pelos injustos. “Mas Deus prova o Seu amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. (Romanos 5:8).

D – A morte de Jesus é a expressão suprema do amor divino.
1 – Na cruz, e antes dela, Deus esquece o pecado do homem.
2 – Cristo por amor deixou Sua glória; por amor viveu servindo e por amor morreu salvando.
3 – Não há nada como o amor para converter o coração.
a) O que não pode as normas morais;
(1) O que não pode os bons conselhos;
(2) O que não pode os castigos;
(3) O que não pode as leis...
(4) O pode o amor.
b) O Senhor Deus nos amou e por Seu amor fomos salvos.
1 – Na cruz do centro estava o próprio Jesus.

CONCLUSÃO:
A – Três são as lições das três cruzes levantadas no Calvário:
1 – A cruz do lado esquerdo: A Lição da Incredulidade. Nem a morte fez com que aquele ladrão mudasse de opinião.
a) Eu espero que não haja aqui ninguém tão incrédulo como aquele ladrão. Ele decidiu morrer no pecado.
2 – A cruz do lado direito: A Lição de Salvação. Deus salvou um ladrão de vida suja. Ele estava morrendo para o pecado
a) Esse mesmo Deus pode salvar você que tem uma vida mais limpa que a dele.
b) Aquele ladrão aproveitou a última oportunidade.
(1) Pode ser que hoje seja a sua última oportunidade.
(2) Não conhecemos o dia de nossa morte. O dia da morte é uma incógnita. Hoje é o dia da salvação. “Hoje se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração”. (Hebreus 3:8).
3 – A cruz do centro: A Lição de Amor do Salvador.
É o que ensina a cruz que estava no centro, por ser a principal. Jesus estava morrendo pelo pecado.

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