Não sou de hoje. Já vivi algumas décadas. Tenho visto muitas coisas irem e virem, bem como irem e não mais voltarem.
Sou do tempo em que pregadores viajavam de ônibus pelas estradas cheias de lama, especialmente no nosso sofrido Nordeste. Até empurrá-los, para saírem do atoleiro, já fiz.
Sou do tempo em que o dinheiro da passagem dos pregadores lhes era entregue contadinho, justinho, “timtim por timtim”. Nada mais.
Ofertas de amor? Que é isso, gente? Vamos deixar as heresias de lado. Tudo se faz por fé.
Vivi isso por mais de 30 anos.
Até que surgiu algo novo. A consideração para com os pregadores, que vivem pela fé, mas têm, também, estômago, família e compromissos diuturnos.
Hoje estamos vivenciando os extremos, jamais sonhados antes.
Por um lado existem os pregadores que estipulam dois mil dólares por uma noite de pregação (uma noite? uma hora, melhor dizendo e no outro extremo há os pastores “amigos” que lhes dão 50 reais para um cafezinho. Um bom dinheiro para um café com biscoito, uma insignificância para comprar uma boa camisa.
Precisamos encontrar um denominador comum para essa confusão que se estabeleceu.
Existem pregadores que enriqueceram em dez anos, em seus périplos nacionais e internacionais.
Recentemente um deles confessou a um amigo meu: “estou rico, famoso e cansado”.
Existem pastores que ajustam qualquer quantia e pagam qualquer preço milionário para terem o “privilégio” de ter uma estrela em seus púlpitos, mesmo que para entregar a mesma palavra pela milésima vez. Literalmente.
Existem líderes que dizem: “pode deixar, eu sei abençoar os homens de Deus” e estes são despedidos com preciosos tapas de fraternidade e orações poderosas. Ajuda financeira, que também vale nada.
Está faltando equilíbrio.
Entregar fortunas, recolhidas do dízimo suado dos membros da Igreja, para enriquecer as múltiplas contas bancárias dos pregadores-empresários, talvez não tenha muito apoio lá em cima.
A manipulação e a malversação do dinheiro sagrado de ofertas e dízimos certamente se constituem em novo item para o Tribunal de Cristo.
Certa igreja, que conheço muito bem, “contratou” um desses famosos para três dias de Congresso, numa igreja na terra de Tio Sam.
Jamais se viu ou ouviu tanta agitação. O povo literalmente pulava, corria e gritava, indo quase ao delírio. O discurso (mensagem? vamos usar as palavras com sabedoria, gente!) era de encomenda para conduzir a platéia às fronteiras do delírio.
Não foi um Congresso de Pão. Quase diria que foi de circo.
Na segunda-feira que se seguiu a Comissão reuniu-se para fazer a avaliação, a fim de apresentar ao Criador os frutos alcançados pelas criaturas.
Balanço final: 14 mil dólares de gastos, incluindo telefonemas internacionais, dados pela majestade, a fim de ajustar outros compromissos. Nem uma decisão para Cristo, nem uma reconciliação, nem um batismo com o Espírito Santo.
Deixo-lhes uma pergunta: valeu a pena?
Ultimamente minha esposa e eu decidimos de comum acordo combinar previamente com aqueles que nos convidam (com algumas exceções) os termos da oferta de amor.
Ela tem encontrado alguns que perguntam: “somente isso, irmã”? Eles se espantam, pois já haviam contatado os mega-pregadores, habituados a cachês milionários, com exigência inclusive para uma passagem extra: para o empresário (misericórdia!) ou para o “pajem de armas” que acompanha o notável tribuno, com a responsabilidade sacerdotal (!) de vender seus DVDs, bem como a árdua tarefa de contar e guardar o dinheiro.
Esta matéria teria o cheiro de desabafo?
Veja o outro lado da questão: o diabo, os demônios e o inferno não são capazes de apagar um avivamento.
Nós mesmos podemos fazê-lo. Tudo começa quando perdemos o equilíbrio.
Deixe seu comentário. E me diga se foi uma inutilidade escrever estas palavras retirado do blog do Pastor Geziel
Sou do tempo em que o dinheiro da passagem dos pregadores lhes era entregue contadinho, justinho, “timtim por timtim”. Nada mais.
Ofertas de amor? Que é isso, gente? Vamos deixar as heresias de lado. Tudo se faz por fé.
Vivi isso por mais de 30 anos.
Até que surgiu algo novo. A consideração para com os pregadores, que vivem pela fé, mas têm, também, estômago, família e compromissos diuturnos.
Hoje estamos vivenciando os extremos, jamais sonhados antes.
Por um lado existem os pregadores que estipulam dois mil dólares por uma noite de pregação (uma noite? uma hora, melhor dizendo e no outro extremo há os pastores “amigos” que lhes dão 50 reais para um cafezinho. Um bom dinheiro para um café com biscoito, uma insignificância para comprar uma boa camisa.
Precisamos encontrar um denominador comum para essa confusão que se estabeleceu.
Existem pregadores que enriqueceram em dez anos, em seus périplos nacionais e internacionais.
Recentemente um deles confessou a um amigo meu: “estou rico, famoso e cansado”.
Existem pastores que ajustam qualquer quantia e pagam qualquer preço milionário para terem o “privilégio” de ter uma estrela em seus púlpitos, mesmo que para entregar a mesma palavra pela milésima vez. Literalmente.
Existem líderes que dizem: “pode deixar, eu sei abençoar os homens de Deus” e estes são despedidos com preciosos tapas de fraternidade e orações poderosas. Ajuda financeira, que também vale nada.
Está faltando equilíbrio.
Entregar fortunas, recolhidas do dízimo suado dos membros da Igreja, para enriquecer as múltiplas contas bancárias dos pregadores-empresários, talvez não tenha muito apoio lá em cima.
A manipulação e a malversação do dinheiro sagrado de ofertas e dízimos certamente se constituem em novo item para o Tribunal de Cristo.
Certa igreja, que conheço muito bem, “contratou” um desses famosos para três dias de Congresso, numa igreja na terra de Tio Sam.
Jamais se viu ou ouviu tanta agitação. O povo literalmente pulava, corria e gritava, indo quase ao delírio. O discurso (mensagem? vamos usar as palavras com sabedoria, gente!) era de encomenda para conduzir a platéia às fronteiras do delírio.
Não foi um Congresso de Pão. Quase diria que foi de circo.
Na segunda-feira que se seguiu a Comissão reuniu-se para fazer a avaliação, a fim de apresentar ao Criador os frutos alcançados pelas criaturas.
Balanço final: 14 mil dólares de gastos, incluindo telefonemas internacionais, dados pela majestade, a fim de ajustar outros compromissos. Nem uma decisão para Cristo, nem uma reconciliação, nem um batismo com o Espírito Santo.
Deixo-lhes uma pergunta: valeu a pena?
Ultimamente minha esposa e eu decidimos de comum acordo combinar previamente com aqueles que nos convidam (com algumas exceções) os termos da oferta de amor.
Ela tem encontrado alguns que perguntam: “somente isso, irmã”? Eles se espantam, pois já haviam contatado os mega-pregadores, habituados a cachês milionários, com exigência inclusive para uma passagem extra: para o empresário (misericórdia!) ou para o “pajem de armas” que acompanha o notável tribuno, com a responsabilidade sacerdotal (!) de vender seus DVDs, bem como a árdua tarefa de contar e guardar o dinheiro.
Esta matéria teria o cheiro de desabafo?
Veja o outro lado da questão: o diabo, os demônios e o inferno não são capazes de apagar um avivamento.
Nós mesmos podemos fazê-lo. Tudo começa quando perdemos o equilíbrio.
Deixe seu comentário. E me diga se foi uma inutilidade escrever estas palavras retirado do blog do Pastor Geziel
Nenhum comentário:
Postar um comentário