1. Deus como proteção:
(1) Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.
(5) Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará desde a antemanhã.
- Deus é o abrigo que protege do perigo, dos ataques e das circunstâncias.
- A ideia de segurança é bem expressa no texto (vs. 1,7,11); e na relação com o ser humano
- Ele abarca o objeto de seu amor protegendo-o (v. 2), para não se mostrar cambaleante em meio aos acontecimentos (v. 5).
- É o triunfo sobre o momento, pela percepção do poder (transcendência) e presença (imanência) do Senhor (Salmo 84.11a).
- Um claro exemplo disso foi José na sua trajetória de vida (Gênesis 39.2,3,21).
2. Deus como descanso:
(4) Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.
(10) Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.
- Depois da turbulência terrena nos versos 2 e 3, o salmista eleva os olhos ao céu (Salmo 121.1), no verso 4, contrastando os ambientes. E revela que o lugar se transforma em “paraíso”.
- A emoção passa de preocupação à alegria (v. 4).
- Tudo isso representa os atos restauradores, focando na bênção de Deus, que dá aos homens razão para viver. Ou seja, surge esperança para o futuro depois de todo transtorno.
- Daí a convocação ao descanso (v. 11).
- Uma confiança silenciosa com o serenar da alma (Salmo 131.2).
- Privilégio dos que se entregam para serem saciados por Ele (Salmo 91.1).
- Um claro exemplo disso foi Jesus no Getsêmane: depois de orar três vezes, se entregou incondicionalmente (Mateus 26.39,42,44) e inaugurou o Paraíso.
3. Deus como soberano:
(6) Bramam nações, reinos se abalam; ele faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve.
(8) Vinde, contemplai as obras do Senhor, que assolações efetuaram na terra.
- Dentro da soberania de Deus, Ele exerce autoridade e poder supremo (Isaías 43.13).
- Sua vontade é efetuada de forma autônoma e absoluta (Daniel 4.25).
- Ele molda todas as coisas e todos os acontecimentos ao seu plano maior (Romanos 9.21).
- Isso cria problemas com relação ao pequeno entendimento humano (Romanos 11.33), porque esses limites não conseguem entender algumas de suas decisões (Salmo 139.6).
- Um claro exemplo disso: Jó, depois de perde tudo o que tinha, achegou-se mais a Deus (Jó 1.21), por saber que Ele era o seu tudo (Atos 17.28).
4. Deus como general:
(9) Ele põe termo à guerra até aos confins do mundo, quebra os carros no fogo.
(11) O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.
- O termo usado é Yahweh Sabaoth (Senhor dos Exércitos).
- Ocorre mais de 86 no A.T.
- Significa que Deus sai em defesa do seu povo com a finalidade de dar-lhe vitória (Salmo 144.10); observando que a vitória de Deus é a mais inusitada possível:
- Moisés (com as mãos levantadas por Arão e Hur / Êxodo 17.12)
- Josué (com as trombetas e brados pelos sacerdotes / Josué 6.20)
- Gideão (com 300 homens depois da exclusão de 31 700 / Juízes 7.22)
- Sansão (com a carcaça em decomposição de um jumento / Juízes 15.15)
- Ezequias (com um anjo o Senhor destruiu o arraial dos assírios / I Reis 19.35)
- A nossa fé estabelece a vitória da providência sobre a fatalidade (Filipenses 4.13), Satanás (Colossenses 2.15) e o dia mau (Efésios 6.13).
- Nessa luta o Senhor usa seus exércitos (Mateus 26.53), pois já está consumado (II Crônicas 32.8).
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